quinta-feira, 31 de março de 2011
Concurso para Alunos Contadores de Histórias
quinta-feira, 24 de março de 2011
A Educação de Mesquita recebe o Selo de Educação para a Igualdade Racial
Essa foi a sua primeira edição e premiou as 16 primeiras experiências exitosas de escolas e secretarias de Educação que implementaram a Lei nº 10.639/03 em todo o território nacional. O Projeto tem como objetivo contribuir para a construção, em sala de aula, de conhecimentos que valorizem o patrimônio histórico e cultural dos povos negros no Brasil e na África. Durante um ano a Prefeitura, a Secretaria de Educação e demais órgãos terão o direito de utilizar o Selo em seus materiais.
Além da cerimônia de entrega do Selo aos contemplados, a solenidade abriu as atividades do Ano Internacional dos Afrodescendentes, na mesma data em que se comemora também o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial — em alusão ao massacre de Sharpeville, que vitimou dezenas de manifestantes que protestavam contra a Lei do Passe, na África do Sul, em 1960. A data foi instituída por resolução da Organização das Nações Unidas - ONU, que também declarou 2011 como o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.
Uma homenagem especial foi entregue à professora Doutora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, primeira mulher negra a ter assento no Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação, pelos serviços prestados ao País.
FONTE: Prefeitura Municipal de Mesquita
sábado, 19 de março de 2011
Mesquita Conquista Selo de Educação para Igualdade Racial
Esse é o resultado do trabalho dos professores da Rede Municipal de Educação de Mesquita.
domingo, 13 de março de 2011
Sugestão: Projeto Poesia na escola
PROJETO POESIA NA ESCOLA
Professoras
Tânia Maria Cavalcante Maia
Gilvanda Soares Torres
Márcia Vanessa Bastos Xavier
Tereza Crispim Nunes
APRESENTAÇÃO
O presente projeto foi elaborado por nós, professores de Língua Portuguesa, para finalização do programa GESTAR II. Será aplicado na Escola de Ensino Fundamental e Médio Estado do Paraná, visando por em prática, através da vivência em sala de aula, os conhecimentos adquiridos durante o curso.
“ O que dá grandeza a um poema não é o assunto que ele usa, mas a maneira com que ela trata o assunto”
Manual Barros
JUSTIFICATIVA
A escola deve ser um lugar em que a convivência com a poesia aconteça de fato, permitindo o contato com diferentes autores e estilos, reavivando a capacidade de olhar e ver o que é a essência do poético através de atividades que permitam uma compreensão maior da linguagem poética e lhe dê condições para que ensaie seus próprios passos em poesia.
Com o Projeto Poesia na Escola queremos descobrir o que os alunos já sabem sobre poesia, ampliar seu repertório através de atividades de leituras, escrita, declamações, pesquisa, análise e interpretação, exposição de idéias e composições.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os princípios teóricos que norteiam este projeto , estão pautados na teoria sócio-interacionista da linguagem. Para Bakhtin, a linguagem é analisada a partir da interação entre os indivíduos dentro de uma prática social; a língua falada tem vida e se transforma constantemente pela própria pressão do uso cotidiano: ela não pode ser separada do fluxo da comunicação verbal.
Os indivíduos não recebem pronta para ser usada; eles penetram
na corrente da comunicação verbal; ou melhor, somente quando
mergulhamos nessa corrente é que sua consciência desperta e
começa a operar.(...) Os sujeitos não adquirem sua língua materna:
é nela e por me o dela que ocorrer o primeiro despertar da
consciência. ( Bakhtin.1992,)
O trabalho poético para Bakhtin está inteiramente interelacionado ao contexto social,” O poeta, afinal, seleciona palavras não do dicionário, mas do contexto da vida onde as palavras foram embebidas e se impregnaram de julgamentos de valor” (Bakntin, apoud Freitas, 1992, p. 127). Assim, os gêneros discursivos, por mobilizarem diferentes esferas da atividade humana, representam unidades abertas da cultura.
Em relação à escrita nosso olhar se amparou nas considerações de Garcez (2001). Segundo ela, escrever é antes de tudo um exercício que só se aprimora com a prática constante atrelada indissociavelmente à prática de leitura. Leitura e releitura colaboram decisivamente para sensibilidade frente às melhorias cabíveis ao texto. Para Garcez, escrever é uma habilidade que pode ser desenvolvida e não um dom que poucas pessoas têm; é um ato que exige empenho e trabalho e não um fenômeno espontâneo.
É pela leitura que assimilamos as estruturas próprias da
língua escrita. Para comunicarmos oralmente apoiamo-
nos no contexto, temos a colaboração do ouvinte. Já a
comunicação escrita tem suas especificidades, suas
exigências. [...] Tratamos de forma diferente a sintaxe, o
vocabulário e a própria organização do discurso. É pela
convivência com textos escritos de diversos gêneros que
vamos incorporando às nossas habilidades um efetivo
conhecimento da escrita. (Garcez, 2001:6-7)
Nesse contexto nós reafirmamos que poesia será nossa opção de trabalho em sala de aula. Cabe-nos propiciar a leitura e escrita do gênero poético, sendo mediadores do conhecimento no processo ensino-aprendizagem.
OBJETIVOS
• Geral
Familiarizar o aluno com a linguagem poética, com a poesia para que ele sinta prazer em ler, ouvir e criar poemas.
• Específicos
- Despertar o prazer pela leitura de poemas.
- Despertar o interesse pela literatura, pela poesia.
- Recitar poesia explorando os recursos existentes.
- Reconhecer os poemas em suas diversas formas.
- Destacar autores consagrados que escreveram e escrevem para o público
Infanto-juvenil.
- Proporcionar ambiente de interação entre diferentes grupos de alunos.
- Resgatar sentimentos e valores.
METODOLOGIA
1º Momento
- Apresentação do Projeto aos alunos incentivando a participação de cada um.
- Fazer uma lista dos autores preferidos pelos da turma.
- Seleção de poesias de acordo com os autores indicados pelos alunos.
2º momento
- Organizar roda de leitura para que os alunos expressem os sentimentos que aparecem no texto durante a leitura, como medo, alegria, espanto, tristeza e humor.
- Conversar com a turma sobre alguns aspectos importantes do poema: características ( rima, versos e estrofes)
- Apresentação de poesia de autores escolhidos pela turma.
3º momento
- Conhecer poemas consagrados da literatura cearense ( pesquisa – internet e ou/ sala
de multimeios)
- Declamação de poesias.
- Organização de um murais com os autores cearenses ( Vida e Obra).
- Escolher uma poesia para declamar durante o sarau.
4º momento
- Produção de um poema coletivo e/ou individual.
- Inscrição para o sarau.
- Sarau – participação dos alunos, pais e comunidade.
Cronograma
Atividades - JANEIRO E FEVEREIRO
-Apresentação do Projeto Poesia na Escola.
-Listar os autores preferidos da turma.
-Seleção de poemas.
-Roda de leitura.
-Conversando sobre poesia.
-Poetas cearenses.
-Confecção de murais com autores cearenses.
-Declamação de poesia.
-Produção de poesia.
-Sarau.
EQUIPE DE TRABALHO
Nós, professoras cursitas de Língua Portuguesa, estaremos a frente de toda a orientação, desenvolvimento e execução do projeto. Assim, acreditamos que os alunos sentirão mais segurança para participar de todas as atividades propostas.
AVALIAÇÃO
A avaliação Projeto Poesia na Escola acontecerá através de leituras de textos poéticos, análise de poesia, confecção de murais e apresentação do SARAU.
14 de março: Dia Nacional da Poesia
- Aqui você encontra a última parte do poema “Navio Negreiro”, de Castro Alves. Uma obra-prima com a marca do poeta: o tema da escravidão. VI “Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa... chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto!... Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu nas vagas, Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares"
- O estilo poético nordestino é rico em folclores, lendas e valores regionais. Encontra-se principalmente associado à música, com destaque para os violeiros. A partir da viola se desenvolvem os desafios, emboladas, repentes, cantorias, um sem-fim de ritmos e estilos próprios dos cantadores da região. A cantoria, por exemplo, consiste em um improviso, em tom de desafio, entre repentistas. Seu primeiro representante é Romano do Teixeira, da Serra do Teixeira, no estado da Paraíba, ainda no século XIX. Antônio Alves da Silva, o Patativa do Assaré, do Ceará, é emblema da poesia popular nordestina. O apelido se refere a uma ave do sertão, a patativa, e à cidade perto da qual o poeta nasceu. Patativa faleceu em 2002, mas ficaram seus versos, falando sobre o sofrimento do povo. Seu estilo possui um acento social e muitas vezes satírico. Assim como a maioria dos poetas regionais, Patativa do Assaré nunca chegou a freqüentar escola e sempre compôs de memória. Desprezava a gramática – para ele, "uma grande besteira", preferindo o registro das coisas como são ditas e ouvidas. Assim falava Patativa, criticando o aparelho de televisão: Presente Disagradável "Toda vez que eu ligo ele No chafurdo das novela Vejo logo os papo é feio Vejo o maior tumaré Com a briga das mulhé Querendo os marido alheio Do que adianta ter fama? Ter curso de Faculdade? Mode apresentar programa Com tanta imoralidade !" As poesias regionais do Nordeste geralmente são encontradas no formato de libretos de cordel. A poesia de cordel recebe este nome por causa de uma velha tradição em Portugal. No século XVII, era comum os folhetos fossem colocados à venda pendurados em um barbante, presos por pregadores de roupa. Barbante, corda, cordel – os cantadores e repentistas nordestinos adotaram este costume, pendurando seus versos e popularizando o que é hoje um dos principais símbolos da cultura popular brasileira.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Site do Plano Nacional de Livro e Leitura
O conjunto de dados aqui evocado, ainda que constitua apenas um esboço da questão da leitura e do livro no país, oferece elementos suficientes para contextualizar e justificar a proposição de um Plano como este, dada a gravidade da situação apontada e a premência de sua superação. Mas, para que se delineie com mais precisão o contexto em que se insere a Política de Estado aqui defendida, é importante, ainda, explicitar alguns pressupostos básicos sobre os quais se assenta o Plano, uma vez que correspondem a uma tomada de posição conceitual em relação à leitura e ao livro e, particularmente, traduzem o horizonte das muitas contribuições absorvidas pelo Plano no amplo fórum que se instaurou para a discussão do tema:
UNESCO
- O Plano valoriza particularmente três fatores qualitativos e dois quantitativos identificados pela Unesco como necessários para a existência expressiva de leitores em um país.
Os fatores qualitativos são:
a) O livro deve ocupar destaque no imaginário nacional, sendo dotado de forte poder simbólico e valorizado por amplas faixas da população;
b) Devem existir famílias leitoras, cujos integrantes se interessem vivamente pelos livros e compartilhem práticas de leitura, de modo que as velhas e novas gerações se influenciem mutuamente e construam representações afetivas em torno da leitura; e
c) Deve haver escolas que saibam formar leitores, valendo-se de mediadores bem formados (professores, bibliotecários, mediadores de leitura) e de múltiplas estratégias e recursos para alcançar essa finalidade.
Os fatores quantitativos são:
d) Deve ser garantido o acesso ao livro, com a disponibilidade de um número suficiente de bibliotecas e livrarias, entre outros aspectos;
e) O preço do livro deve ser acessível a grandes contingentes de potenciais leitores.
Além disso, é importante frisar que esse destaque à leitura e ao livro está estreitamente associado à questão geral dacompetência em informação (information literacy) e do aprendizado ao longo da vida, aspectos que têm merecido especial atenção por parte da Unesco em diretrizes e políticas mundiais para os próximos anos. Sob essa perspectiva, a competência em informação encontra-se no cerne do aprendizado ao longo da vida, constituindo direito humano básico em um mundo digital, necessário para promover o desenvolvimento, a prosperidade e a liberdade – no âmbito individual e coletivo – e para criar condições plenas de inclusão social.
Práticas sociais
- A leitura e a escrita são percebidas aqui como práticas essencialmente sociais e culturais, expressão da multiplicidade de visões de mundo, esforço de interpretação que se reporta a amplos contextos; assim, a leitura e a escrita são duas faces diferentes, mas inseparáveis, de um mesmo fenômeno.
Cidadania
- A leitura e a escrita constituem elementos fundamentais para a construção de sociedades democráticas, baseadas na diversidade, na pluralidade e no exercício da cidadania; são direitos de todos, constituindo condição necessária para que cada indivíduo possa exercer seus direitos fundamentais, viver uma vida digna e contribuir na construção de uma sociedade mais justa.
Diversidade cultural
- A leitura e a escrita são, na contemporaneidade, instrumentos decisivos para que as pessoas possam desenvolver de maneira plena seu potencial humano e caracterizam-se como fundamentais para fortalecer a capacidade de expressão da diversidade cultural dos povos, favorecendo todo tipo de intercâmbio cultural; são requisitos indispensáveis para alcançar níveis educativos mais altos; apresentam-se como condição necessária para o desenvolvimento social e econômico. A leitura e o livro são vistos neste plano, não apenas em uma dimensão educacional, mas também, em uma perspectiva cultural, na qual se reconhecem três dimensões trabalhadas pela atual gestão do Ministério da Cultura. A política cultural em voga no Brasil parte de uma perspectiva sistêmica, que se desdobra em três dimensões, as quais são absorvidas por este plano para o setor de livro e leitura: a cultura como valor simbólico, a cultura como direito de cidadania e a cultura como economia. Não há preponderância de uma dimensão sobre a outra, embora os focos da acessibilidade e do valor simbólico contemplem, mais definidamente, as dimensões educacionais (direito de cidadania) e culturais da leitura. A dimensão econômica deve, assim, estar equilibrada por essas duas outras, gerais e geradoras de bens públicos.
Construção de sentidos
- A concepção de leitura focalizada pelo Plano é aquela que ultrapassa o código da escrita alfabética e a mera capacidade de decifrar caracteres, percebendo-a como um processo complexo de compreensão e produção de sentidos, sujeito a variáveis diversas, de ordens social, psicológica, fisiológica, linguística entre outras. Uma perspectiva mecanicista da leitura, que pretende reduzir o ato de ler a mera reprodução do que está no texto, tem sido um dos mais graves obstáculos para o desenvolvimento da leitura e da escrita. A leitura configura um ato criativo de construção de sentidos, realizado pelos leitores a partir de um texto criado por outro(s) sujeito(s).
O verbal e o não verbal
- Ao reafirmar a centralidade da palavra escrita, não se desconsidera a validade de outros códigos e linguagens, as tradições orais e as novas textualidades que surgem com as tecnologias digitais.
Tecnologias e informação
- No contexto atual, é imperativo que a leitura seja tratada no diálogo com as diversas tecnologias de gravação, entre os quais o livro se encontra. Como defende Renato Janine Ribeiro, a maneira adequada de difundir a leitura no Brasil não é a de sua “tradição”, mas aquela que considera que o sujeito contemporâneo só consegue ser interativo com a mídia sendo, ele mesmo, “multimeios”, necessitando da leitura para sê-lo; no mundo de hoje, não apenas a prática leitora deve passar pelo uso das tecnologias de informação e comunicação, mas o usuário dessas tecnologias deve desenvolver, por intermédio da família, da escola e de uma sociedade leitora, a prática de leitura. Neste sentido, deve-se ter atenção às questões contemporâneas acerca dos direitos autorais, fortemente impactados pelas novas possibilidades tecnológicas e seus avanços em termos de possibilidade de gravação e cópia. O Plano Nacional de Livro e Leitura defende uma perspectiva contemporânea do livro e da leitura e propõe um diálogo fecundo com as novas licenças de copyrights não restritivos, no que esses ajudam a equilibrar os direitos de autor com os direitos de acesso. Além disso, não se pode deixar em um plano secundário a questão da inclusão digital, aspecto ao qual estão profundamente ligados a leitura e o livro, ainda mais em tempos em que o suporte papel começa, aos poucos, a competir com o livro eletrônico, multiplicando-se a possibilidade de difusão da informação em níveis nunca antes imaginados.
Biblioteca enquanto dínamo cultural
- A biblioteca não é concebida aqui como um mero depósito de livros, como muitas vezes tem se apresentado, mas assume a dimensão de um dinâmico polo difusor de informação e cultura, centro de educação continuada, núcleo de lazer e entretenimento, estimulando a criação e a fruição dos mais diversificados bens artístico-culturais; para isso, deve estar sintonizada com as tecnologias de informação e comunicação, suportes e linguagens, promovendo a interação máxima entre os livros e esse universo que seduz as atuais gerações.
Literatura
- Entre as muitas possibilidades de textos que podem ser adotados no trabalho com a leitura, a literatura merece atenção especial no contexto do Plano, dada a enorme contribuição que pode trazer para uma formação vertical do leitor, consideradas suas três funções essenciais, como tão bem as caracterizou Antonio Candido: a) a capacidade que a literatura tem de atender à nossa imensa necessidade de ficção e fantasia; b) sua natureza essencialmente formativa,que afeta o consciente e o inconsciente dos leitores de maneira bastante complexa e dialética, como a própria vida, em oposição ao caráter pedagógico e doutrinador de outros textos; c) seu potencial de oferecer ao leitor um conhecimento profundo do mundo, tal como faz, por outro caminho, a ciência.
EJA
- A Educação de Jovens e Adultos (EJA) deve ser objeto de especial atenção em relação às políticas e ações ligadas àleitura, considerando-se imperativo criar condições favoráveis de letramento e de acesso ao livro para os jovens e adultos que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio, hoje frequentemente denominadosneoleitores. Trata-se de pessoas que iniciam sua trajetória como leitores, mas já possuem um nível razoável de experiência adquirida, no trabalho, no cotidiano, na vida afetiva. E o aspecto particularmente relevante é que essa experiência se acumulou antes da alfabetização do sujeito, implicando uma relação diferenciada com os livros e a leitura, na comparação, por exemplo, com as crianças recém-alfabetizadas, mas inexperientes em outros setores da vida.
Necessidades especiais
- O Plano considera fundamental garantir que as pessoas com deficiências ou transtornos globais do desenvolvimento (impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial), tenham acesso a livros e outros materiais de leitura, valorizando ações como a versão ou a tradução, em Libras e em braile das obras em circulação, permitindo a inclusão desses potenciais leitores nas escolas regulares.
Meios educativos
- O Plano defende a produção de meios educativos (livros, periódicos e demais materiais de leitura utilizados como instrumentos para a educação na escola), tal como vem fazendo o MEC (por meio de implementação de políticas de produção e distribuição de materiais didáticos e literários que atendam às especificidades dos diversos públicos), a fim de assegurar o acesso a bens culturais produzidos em diferentes linguagens e suportes, sobre temas diversificados, gerados em contextos culturais variados, para leitores de diversas modalidades e faixas etárias; não só estudantes, mas também professores, bibliotecários e demais membros da comunidade escolar.
Estado da questão
- Políticas públicas para as áreas da leitura, do livro, da biblioteca, da formação de mediadores e da literatura devem ter como ponto de partida o conhecimento e a valorização do vasto repertório de debates, estudos, pesquisas, e experiências sobre as formas mais efetivas de promover a leitura e o livro e de formar leitores, existentes nas esferas municipal, estadual e nacional. Devem ser implementadas tanto pelo poder Público como pelas organizações da sociedade, atentando-se, ainda, para o contexto internacional, em particular o ibero-americano.
Políticas públicas
- A leitura e a escrita devem ser consideradas base em processos de formulação e implantação de políticas públicas de educação e cultura dos governos em todos os seus níveis e modalidades de ensino e de administração, e, junto com o tema das línguas, perpassá-las estruturalmente, tal como proposto no Plano Nacional de Cultura (PNC), elaborado pelo Ministério da Cultura. A consolidação de políticas e programas de fomento à leitura deve ser pensada a curto, médio e longo prazos, com ênfase no caráter permanente. Nesse processo, o fomento e a elaboração de Planos Estaduais e Municipais do Livro e Leitura articulados com o Plano Nacional se tornam fundamentais.
Integração
- É pressuposto deste Plano a fundamental integração entre o Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério da Educação (MEC), demais ministérios e outras agências públicas federais para otimizar os esforços em prol da leitura e do livro no país. O Plano se integra ao Plano Nacional de Cultura (PNC) e ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como base para o texto do capítulo específico sobre o tema. Da mesma forma, o Plano poderá indicar diretrizes para outros documentos oficiais sobre o tema.
Autores, editoras e livrarias
- A política para o livro e a leitura deve considerar também as diversas autorias e a criação literária, além das questões de fomento do setor editorial e livreiro, de forma a criar condições para que a produção das obras necessárias aconteça de forma cada vez mais eficaz, barateando os custos de produção e distribuição, eliminando gargalos e debilidades, tudo convergindo para a produção de livros em quantidade necessária e a preços compatíveis com a capacidade de consumo da população. Deve manter, no entanto, a perspectiva sistêmica, exposta anteriormente, em que o econômico se equilibra com o direito de cidadania e a dimensão simbólica.
A leitura e o livro
- Este Plano procura contemplar, de forma dialética, um processo de dupla face: tanto aquele moldado pelas questões que envolvem a leitura, quanto o que se configura pelos problemas relativos à cadeia produtiva do livro, buscando evitar polarizações que a tradição tem revelado inócuas, no que diz respeito aos papéis a serem cumpridos pelo Estado e à dinâmica específica do mercado.
Avaliação contínua
- São necessários mecanismos contínuos de avaliação das metas, dos programas e das ações desenvolvidos para verificar o alcance das iniciativas e os resultados obtidos, permitindo ajustes, remodelações e atualizações no processo.
4. Objetivos e metas
O objetivo central da Política de Estado aqui delineada é o de assegurar e democratizar o acesso à leitura e ao livro a toda a sociedade, com base na compreensão de que a leitura e a escrita são instrumentos indispensáveis na época contemporânea para que o ser humano possa desenvolver plenamente suas capacidades, seja individual ou coletivamente. Há a convicção de que somente assim é possível que, na sociedade da informação e do conhecimento, o indivíduo exerça de maneira integral seus direitos, participe efetivamente dessa sociedade, melhore, em amplo sentido, seu nível educativo e cultural, fortaleça os valores democráticos, seja criativo, conheça os valores e modos de pensar de outras pessoas e culturas e tenha acesso às formas mais verticais do conhecimento e à herança cultural da humanidade. Trata-se de intensa valorização dos caminhos abertos ao indivíduo pela cultura escrita, sem que se deixe de reconhecer e se tente apoiar e preservar a cultura oral de nosso povo. Busca-se criar condições necessárias e apontar diretrizes para a execução de políticas, programas, projetos e ações continuadas por parte do Estado em suas diferentes esferas de governo e também por parte das múltiplas organizações da sociedade civil, lastreada em uma visão republicana de promoção da cidadania e inclusão social e segundo estratégias gerais para o desenvolvimento social e de construção de um projeto de nação que suponha uma organização social mais justa.
São estabelecidos aqui alguns objetivos que devem ser alcançados no curto, médio e longo prazos:
a) Formar leitores, buscando, de maneira continuada, substantivo aumento do índice nacional de leitura (número de livros lidos por habitante/ano) em todas as faixas etárias e do nível qualitativo das leituras realizadas;
b) Implantação, modernização e qualificação de acervos, equipamentos e instalações de bibliotecas de acesso público nos municípios brasileiros;
c) Fomentar a formação de mediadores e agentes de leitura;
d) Incentivar programas de bolsas de criação, formação,intercâmbio, pesquisa e residências literárias;
e) Realização bienal de pesquisa nacional sobre leitura;
f) Implementação e fomento de núcleos voltados a pesquisas, estudos e indicadores nas áreas da leitura e do livro em universidades e outros centros;
g) Concessão de prêmio anual de reconhecimento a projetos e ações de fomento e estímulo às práticas sociais de leitura;
h) Expansão permanente do número de salas de leitura e ambientes diversificados voltados à leitura;
i) Identificação e cadastro contínuos das ações de fomento à leitura em curso no país;
j) Identificação e cadastro contínuos dos pontos de vendas de livros e outros materiais impressos não periódicos;
k) Elevação significativa do índice de empréstimos de livro em biblioteca (sobre o total de livros lidos no país);
l) Aumento do número de títulos editados e exemplares impressos no país;
l) Elevação do número de livrarias do país;
m) Aumento da exportação de livros; expansão do número de autores brasileiros traduzidos no exterior;
n) Aumento do índice per capita de livros não didáticos adquiridos; ampliação do índice de pessoas acima de 14 anos, com o hábito de leitura e que possuam ao menos dez livros em casa;
o) Estimular continuamente a criação de planos estaduais e municipais de leitura;
p) Apoiar o debate e a utilização de copyrights não restritivos (copyleft e creative commons), equilibrando o direito de autor com direitos de acesso à cultura escrita;
q) Assegurar o acesso a pessoas com deficiência, conforme determinações da legislação brasileira e dos imperativos conceituais e objetivos expressos no amplo direito à leitura para todos os brasileiros contidos neste Plano.
Orientações para Atividades de Leitura
quinta-feira, 10 de março de 2011
Nossa página de vídeos reformulada
Com o objetivo de tornar nosso blog "mais leve", nós melhoramos a nossa página de vídeos. Mais funcional e interativa, ao acessá-la você poderá ver uma mostra dos vídeos mais acessados no nosso canal no Youtube tal como será redirecionado para esta e assim ver todos os vídeos que achamos interessantes na íntegra. Vídeos sobre leitura, dicas, contação de histórias para nos inspirar, tudo está lá! Acesse!!!
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