terça-feira, 22 de setembro de 2009

Projeto "Memorejas" da E. M. Rotariano Arthur Silva

Na E. M. Rotariano Arthur Silva, a professora Renata do Clube de Leitura da noite, juntamente com a Coordenação da EJA, prof. Vanessa e a equipe da Informática Educativa, conceberem esse belíssimo projeto de valorização das memórias de nossos alunos jovens e adultos. Batizado de "Memorejas", tem a duração de oito meses mas já tem dados frutos. O trabalho iniciou com a leitura na biblioteca, de diversos textos que falam sobre memória (Meus oito anos, Memórias na estante), passando pela pesquisa da origem do nome dos alunos, construção de árvore genealógica, auto-retrato, escrita de fatos de vida e a CRIAÇÃO DE UM BLOG com a memórias dos alunos, professores e funcionários (trabalho realizado no Laboratório de Informática).
Abaixo segue a justificativa elaborada pelas professoras Renata e Vanessa e o endereço desses relatos que valorizam a históra de vida e o interesse em ler e conhecer outras vivências.

JUSTIFICATIVA
A EJA no Rotariano possui um público muito heterogêneo, havendo conflitos de gerações durante as aulas. Falar das memórias de cada um é uma forma de aproximar os alunos, pois independente da idade, sexo ou religião, a história sempre tem um ponto em comum, pois normalmente o aluno que cursa esta modalidade de ensino não teve a oportunidade no tempo adequado e está tentando resgatar o tempo perdido. A maioria é morador de Mesquita e pouco sabe sobre sua origem e origem de sua cidade. “Mais uma vez , os homens desafiados por sua dramaticidade da hora atual, se propõe a si mesmos como problema. Descobrem que pouco sabem de si, de seu posto no cosmos e se inquietam por saber mais.” (Freire, Pedagogia do oprimido , p.16)

O sentimento empregado nas atividades também é fator determinante de sucesso, já que ao serem incentivados a escrever livremente, o medo de errar é muito grande. Para superar tal medo deixamos bem claro que a participação no projeto é voluntária e cada um escreverá o que puder.

Saber das histórias de cada aluno também é importante para os professores, pois a partir do momento que sabemos o público que lidamos e a linguagem que utilizam, poderemos adequar as aulas e os temas geradores. “Nosso papel não é falar sobre nossa visão de mundo ao povo, ou tentar impo-la a ele, mas tentar dialogar sobre a sua e a nossa. Temos de estar convencidos que sua visão do mundo, que se manifesta nas várias formas de sua ação, reflete sua situação no mundo, em que se constitui. A ação educativa e política não pode prescindir do conhecimento crítico desta situação, sob pena de se fazer Bancária ou de pregar no deserto. Por isso mesmo é que educadores e políticos falam e não são entendidos.” (Freire, Pedagogia do oprimido p. 49)

Ao, longo do tempo pretendemos que os alunos, conhecendo suas histórias consigam reconhecer-se na sociedade e que compreendam sua situação de oprimido, para que futuramente libertem-se desta concepção, não para tornarem-se opressores, mas sim seres humanos conscientes de seu status quo. “ O homem novo, para o oprimido, não é o homem a nascer da superação da contradição, com a transformação da velha situação concreta opressora, que cede seu lugar a uma nova, de libertação.” (Freire, Pedagogia do oprimido, p.18)

Endereço do blog: http://memorejas.blogspot.com/

Meninas, parabéns!!! O Setor tem o maior orgulho em ter vcs na equipe e como parceiras!

Um comentário:

  1. Parabéns ao pessoal da EM Rotariano Artur Silva por mais essa parceria.
    Abçs.
    Maria Fatima

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