quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Você sabe o que é Folclore, vou lhe dar a explicação"

Hoje, dia 22 de agosto, é comemorado o Dia do Folclore. É uma data simbólica, em que festejamos a nossa cultura, nossas festividades e identidades e heranças culturais.
Para auxiliar no nosso trabalho, que não deve ser exclusivo da data, a Revista Nova Escola preparou um especial.

FOLCLORE: CULTURA BRASILEIRA EM SALA DE AULA

E para evitarmos equívocos, o reforço de estereótipos e falta de respeito à diversidade, seja étnica, cultural e religiosa, uma reportagem sobre os erros mais comuns no trabalho com folclore. (clique no título abaixo)


10 erros mais comuns nas festas escolares

Aulas perdidas, desrespeito à diversidade cultural e à liberdade religiosa... Saiba como evitar esses e outros equívocos

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Ilustração: Walter Vasconcelos
Durante o ano, temos 11 feriados nacionais - na média de um a cada cinco semanas -, um monte de datas para lembrar pessoas (Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, do Índio) e fatos históricos (Descobrimento do Brasil, Proclamação da República). Sem contar os acontecimentos de importância regional. Nada contra eles. O problema é que muitas vezes a escola usa o precioso tempo das aulas para organizar comemorações relacionadas a essas efemérides. O aluno é levado a executar tarefas que raramente têm relação com o currículo. Muitos professores acreditam que estão ensinando alguma coisa sobre a questão indígena no Brasil só porque pedem que a turma venha de cocar no dia 19 de abril - o que, obviamente, não funciona do ponto de vista pedagógico.
Festas são bem-vindas na escola, mas com o simples - e importante - propósito de ser um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático. É a oportunidade de compartilhar com os colegas e com os familiares o que os alunos aprenderam (leia mais no quadro abaixo). No entanto, não é isso que se vê por aí. A seguir, os dez principais equívocos dos eventos escolares.


Folclore, uma bibliografia comentada

Seis livros essenciais sobre o tema analisados pelo especialista Marcio Augusto de Moraes, doutor em Literatura Comparada e Teoria Literária de Universidade de São Paulo (USP)


A cultura popular na idade média e no Renascimento, Mikahail Bakhtin, Editora Hucitec/UNB. Livro fundamental para entender as relações entre a cultura popular, a erudita, e as relações de carnavalização do poder por meio das festas e a representação literárias dessas relações.
Cultura Popular: revisitando um conceito historiográfico, Roger Chartier. Artigo disponível aqui.
Texto conciso em que Roger Chartier discute os conceitos de cultura popular e cultura erudita.
Danças Dramáticas do Brasil, Mário de Andrade, Editora Itatiaia (organização de Oneyda Alvarenga).
Extenso inventário sobre as danças dramáticas brasileiras, traz letras e pautas musicais do repertório que serve de acompanhamento aos dramas coreográficos.
Dicionário do Folclore Brasileiro, Luis da Camara Cascudo, Editora Itatiaia
Dicionário fundamental para quem gosta de folclore. Traz uma extensa e cuidadosa descrição sobre o folclore brasileiro, comentando as origens de mitos e lendas.
Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, Mário de Andrade, Editora Agir.
Comentário Baseado em uma lenda ameríndia, coletado por Theodor Koch-Greenberg, um dos principais títulos da Literatura Brasileira, Macunaíma é uma rapsódia construída a partir de textos da literatura universal, de lendas e mitos da cultura indígena e africana, ditados populares, paródia de fatos históricos etc. O capítulo “Maioridade”, por exemplo, enreda na narrativa as lendas da Cotia e do Currupira; “Macumba” traz referencias à mitologia africana e “Pauí-Pódole” à indígena. Relacionando literatura e história, o texto nos traz, por exemplo, “Cartas pras icamiabas”, com referências aos Lusíadas (O gigante Adamastor) e à “Carta de Pero Vaz de Caminha”. O texto também traz referência a danças da cultura indígena (murua, poracê, bacororô cucuicogue) e do folclore popular, com destaque para o bumba-meu-boi.
O que é cultura, José Luiz dos Santos, Editora Brasiliense, Coleção Primeiros Passos
Como indica o título da série, é um texto em linguagem simples, para iniciantes, que oferece ao leitor uma introdução sobre as relações entre cultura, sociedade e poder.
O Tupi e o Alaúde, Gilda de Mello Souza, Editora 34
Escrito em linguagem bastante acessívelo texto de Gilda de Mello e Souza desvenda aspectos relativos à construção da rapsódia Macunaíma, examinando o uso de elementos ligados à cultura erudita e à cultura popular.

FONTE: Revista Nova Escola

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