Quando pensamos em música, logo imaginamos o ouvido como órgão importante de sentido, mas é o cérebro que interpreta as ondas sonoras recebidas pelo ouvido.
Assim como todos os sentidos externos do corpo humano (audição, olfato, tato, paladar e visão) a audição é resultado de uma interpretação cerebral. Quanto mais rica for uma música em seus diferentes sons (agudos, médios e graves), timbres (cordas, sopro e percussão), ritmos (pulsações), velocidades (notas longas, médias e curtas), intensidade (forte, média e fraca) com harmonia (combinação de sons simultâneos), mais o cérebro de quem a ouve será estimulado.
Recomenda-se às crianças em idades iniciais do desenvolvimento cerebral (0 a 6 anos) ouvir músicas eruditas, a exemplo das "clássicas", por serem ricas em expressões sonoras propícias ao desenvolvimento da acuidade cerebral auditiva, característica esta que é de grande importância para a aprendizagem de idiomas.
A música, arte de combinar os sons, é uma excelente fonte de trabalho escolar porque, além de ser utilizada como terapia psíquica para o desenvolvimento cognitivo, é uma forma de transmitir idéias e informações, faz parte da comunicação social.
Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, usa-se a música há muito tempo em sala de aula, mas normalmente de uma forma lúdica, sem cobrança pedagógica do conteúdo aos alunos, salvo algumas exceções.
No Ensino fundamental II a música é raramente utilizada, mas ao professor interessado em enriquecer a sua prática pedagógica com música cabe estar atento à pertinência do tema musical à matéria lecionada e fazer um planejamento que permita ao aluno desenvolver análise e interpretação da letra, defendendo-a, rebatendo-a e/ou lhe acrescentando algo.
Antes de apresentar a música aos alunos, deve-se ter consciência do tema a ser trabalhado e do conhecimento prévio dos alunos. Se necessário for, deve-se subsidiar o aluno com pré-requisitos conceituais.
Como um exemplo daquilo que se pode fazer em sala de aula será apresentado uma atividade que pode ser aplicada por professores interessados.
PARTE 1
Com a finalidade de enriquecer uma aula, sobre meio ambiente, o professor poderá utilizar-se de uma música que aborda o assunto e sua letra deve ser apresentada aos alunos para que leiam enquanto ouvem. Isso facilita a compreensão da mensagem musical. A letra pode ser preparada em folhas de sulfite, com cópias individuais, pode ser transcrita com caneta "pilot" em papel pardo de tamanho adequado para ser lido na lousa; pode ser apresentada em retroprojetor, monitor de vídeo de computador na sala de informática ou datashow. Para os dois últimos, há excelentes recursos no programa Microsoft PowerPoint para elaboração de slides.
A apresentação inicial aos alunos da música "xote ecológico", cujo tema é a degradação do meio ambiente, funcionará como um despertador de atenção do aluno para um assunto a ser estudado; por isso sua apresentação antes da matéria propriamente dita é mais eficaz do que posteriormente.
Xote ecológico - Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga
Não posso respirar
Não posso mais nadar
A terra está morrendo
Não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce
Se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui
Poluição comeu
O peixe que é do mar
Poluição comeu
O verde onde é que está
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes Sobreviveu
O tema da música acima é o meio ambiente cuja característica interdisciplinar extrapola os limites de uma única ciência, pois envolve política, economia, história, ecologia e geografia.
No que se refere à Geografia, seu objeto de estudo é o espaço humanizado e neste se inclui o meio ambiente impactado pelas organizações sociais.
Quanto ao conteúdo sobre meio ambiente e a forma de abordá-lo devem variar de acordo a série a que se destinam.
Clique no ícone a seguir para analisar um exemplo de slides que foram elaborados no PowerPoint com a música "Xote Ecológico".
Assim como todos os sentidos externos do corpo humano (audição, olfato, tato, paladar e visão) a audição é resultado de uma interpretação cerebral. Quanto mais rica for uma música em seus diferentes sons (agudos, médios e graves), timbres (cordas, sopro e percussão), ritmos (pulsações), velocidades (notas longas, médias e curtas), intensidade (forte, média e fraca) com harmonia (combinação de sons simultâneos), mais o cérebro de quem a ouve será estimulado.
Recomenda-se às crianças em idades iniciais do desenvolvimento cerebral (0 a 6 anos) ouvir músicas eruditas, a exemplo das "clássicas", por serem ricas em expressões sonoras propícias ao desenvolvimento da acuidade cerebral auditiva, característica esta que é de grande importância para a aprendizagem de idiomas.
A música, arte de combinar os sons, é uma excelente fonte de trabalho escolar porque, além de ser utilizada como terapia psíquica para o desenvolvimento cognitivo, é uma forma de transmitir idéias e informações, faz parte da comunicação social.
Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, usa-se a música há muito tempo em sala de aula, mas normalmente de uma forma lúdica, sem cobrança pedagógica do conteúdo aos alunos, salvo algumas exceções.
No Ensino fundamental II a música é raramente utilizada, mas ao professor interessado em enriquecer a sua prática pedagógica com música cabe estar atento à pertinência do tema musical à matéria lecionada e fazer um planejamento que permita ao aluno desenvolver análise e interpretação da letra, defendendo-a, rebatendo-a e/ou lhe acrescentando algo.
Antes de apresentar a música aos alunos, deve-se ter consciência do tema a ser trabalhado e do conhecimento prévio dos alunos. Se necessário for, deve-se subsidiar o aluno com pré-requisitos conceituais.
Como um exemplo daquilo que se pode fazer em sala de aula será apresentado uma atividade que pode ser aplicada por professores interessados.
PARTE 1
Com a finalidade de enriquecer uma aula, sobre meio ambiente, o professor poderá utilizar-se de uma música que aborda o assunto e sua letra deve ser apresentada aos alunos para que leiam enquanto ouvem. Isso facilita a compreensão da mensagem musical. A letra pode ser preparada em folhas de sulfite, com cópias individuais, pode ser transcrita com caneta "pilot" em papel pardo de tamanho adequado para ser lido na lousa; pode ser apresentada em retroprojetor, monitor de vídeo de computador na sala de informática ou datashow. Para os dois últimos, há excelentes recursos no programa Microsoft PowerPoint para elaboração de slides.
A apresentação inicial aos alunos da música "xote ecológico", cujo tema é a degradação do meio ambiente, funcionará como um despertador de atenção do aluno para um assunto a ser estudado; por isso sua apresentação antes da matéria propriamente dita é mais eficaz do que posteriormente.
Xote ecológico - Aguinaldo Batista e Luiz Gonzaga
Não posso respirar
Não posso mais nadar
A terra está morrendo
Não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce
Se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava aqui
Poluição comeu
O peixe que é do mar
Poluição comeu
O verde onde é que está
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes Sobreviveu
O tema da música acima é o meio ambiente cuja característica interdisciplinar extrapola os limites de uma única ciência, pois envolve política, economia, história, ecologia e geografia.
No que se refere à Geografia, seu objeto de estudo é o espaço humanizado e neste se inclui o meio ambiente impactado pelas organizações sociais.
Quanto ao conteúdo sobre meio ambiente e a forma de abordá-lo devem variar de acordo a série a que se destinam.
Clique no ícone a seguir para analisar um exemplo de slides que foram elaborados no PowerPoint com a música "Xote Ecológico".
PARTE 2
Após a apresentação da música, é possível explorar o entendimento dos alunos sobre a letra da mesma e passar um questionário a eles com posterior esclarecimento de dúvidas. Exemplo:
1) Copie o título da música.
2) Escreva o que é xote?
3) O que é meio ambiente?
4) Qual o significado de ecologia?
5) Complete a tabela abaixo com os possíveis agentes dos problemas apontados na música.
Após a apresentação da música, é possível explorar o entendimento dos alunos sobre a letra da mesma e passar um questionário a eles com posterior esclarecimento de dúvidas. Exemplo:
1) Copie o título da música.
2) Escreva o que é xote?
3) O que é meio ambiente?
4) Qual o significado de ecologia?
5) Complete a tabela abaixo com os possíveis agentes dos problemas apontados na música.
PROBLEMAS | AGENTES RESPONSÁVEIS |
Não posso respirar | |
Não posso mais nadar | |
O verde onde é que está | |
Nem o Chico Mendes sobreviveu |
6) Quem foi Chico Mendes?
7) Cite alguns problemas que as bebidas alcoólicas (pinga) podem apresentar em seus consumidores.
8) Complete.
No Brasil, o álcool é extraído da _____________________________; nos EUA, o álcool é extraído do_____________________________
9) Quando e em que circunstância o álcool surgiu como combustível de automóveis?
10) Descreva os principais impactos que podem ser provocados pela monocultura voltada à produção de combustíveis (etanol e biodísel).
PARTE 3
De acordo a necessidade dos estudantes é importante desenvolver o conhecimento sobre os conceitos e/ou definição de litosfera, hidrosfera, atmosfera, biosfera, ciclo hidrológico, a posição central do homem no ecossistema e os efeitos do desmatamento, a saber:
a) interrupção do ciclo hidrológico com prejuízos climáticos (chuva);
b) erosão do solo;
c) assoreamento de rios;
d) deslizamento de solo ou terra das vertentes ou encostas dos morros;
e) risco de extinção de espécies vegetais;
f) migração e morte de animais ao perderem seu hábitat.
PARTE 4
Agora o professor pode expandir o assunto abrangendo as causas que levaram a sociedade a degradar a natureza. Cabe analisar o aumento dos prejuízos ao ambiente a partir da Revolução Industrial na Inglaterra em 1760, espalhando-se pelos países vizinhos, em outros continentes, intensificando-se depois da Segunda Guerra Mundial e chegando aos países em desenvolvimento como o Brasil.
Durante as etapas da Revolução Industrial as inovações tecnológicas provocaram o êxodo rural e a urbanização de muitos países que se industrializaram. Estes se envolveram, inicialmente, com problemas de saúde pública pela ausência de infraestrutura médico-hospitalar, de saneamento e de moradias adequadas.
O desmatamento avança para ceder espaço a construção de barragens, a mineradoras e a monoculturas. As indústrias multiplicam-se e aumentam a poluição da atmosfera com fumaça e dos rios com dejetos nocivos aos peixes e outros seres vivos. Efeitos do aquecimento global são sentidos em diferentes partes do planeta. No final do século passado, graças ao movimento ambientalista, a sociedade começa a desenvolver a consciência da importância do desenvolvimento sustentável, um equilíbrio entre crescimento econômico, preservação ambiental, distribuição de renda e qualidade de vida.
CONCLUSÃO
No final do século XX houve um significativo aumento do uso da música como tratamento de distúrbios da mente devido a sua capacidade de sensibilizar, emocionar, excitar os reflexos sensoriais da audição correlacionados ao raciocínio nas distinções dos diferentes sons, além de despertar sensação de prazer e fixar a atenção no tempo.
Psiquiatras, a exemplo de CURY (2003) recomendam o uso de música ambiente em sala de aula para diminuir a ansiedade das crianças e lhes favorecer o equilíbrio emocional. Evidentemente que a música escolhida deve ser adequada ao fim a que se destina.
Os educadores de todas as disciplinas podem utilizar a música durante as suas aulas, desde que previamente selecionadas e nesse propósito indico três bibliografias, entre outras, de grande relevância.
FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. 2a edição, São Paulo, Editora Contexto, 2002.
NEPOMUCENO, Rosa. Música caipira, da roça ao rodeio. São Paulo, Editora 34, 1999.
SEVERIANO, J. E MELLO, Zuza H. de. A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras. vol.2: 1958-1985, São Paulo, Editora 34, 1998.
OBRAS QUE SERVIRAM DE REFERÊNCIA PARA ESTE ARTIGO:
VÍDEO
ESTIMULAÇÃO da Inteligência nas Crianças. Tribuna Independente da Rede Vida de Televisão. São Paulo, Associação Cultura e Atualidades, 2004, 1fita VHS (75 min): son., color (NTSC). Gravação de vídeo.
BIBLIOGRAFIAS
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro, Sextante, 2003. 176 p. Música Ambiente em Sala de Aula, p. 120-122.
FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. 2a edição, São Paulo, Editora Contexto, 2002.
ADAS, Melhem. Geografia. 4. ed. São Paulo. Moderna, 2002 4v.
Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade de São Paulo e
Professor de Ensino Fundamental e Médio
com experiência em escolas particulares e
atual atividade na Rede Pública da Prefeitura de São Paulo.
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